A SAÚDE DA MULHER, Por Milene Mizuta

A partir de uma matéria do El País, finalmente a indústria farmacêutica; a indústria da saúde da mulher está interessada no climatério, é importante dizer que a indústria não está interessada na saúde da mulher e nem em mulher.

O interesse no climatério e na menopausa na realidade é com foco nos distúrbios causados para criação de medicamentos que combaterão esses distúrbios, ou seja, quanto mais distúrbios mais medicamentos, gerando assim uma alta da automedicalização.

A discussão aqui não é ser contra ou a favor, mas o quanto isso gera de renda à indústria farmacêutica e não há uma preocupação genuína com o bem estar das mulheres ou a saúde das mulheres.

Então, mulheres! Prestem atenção na sua saúde, procure bons profissionais que não estejam apenas a serviço dessa indústria.

Mas é importante dizer que precisamos também cuidar de nós na escolha de com quem nos relacionamos, nem todo cansaço, stress e dor de cabeça é o climatério, algumas vezes pode ser resultado da relação que se tem, do companheiro que se tem.

AS FORÇAS EM MIM, Por Walkiria Tércia

A construção de uma mulher livre, independente e segura é resultado de uma rede de apoio e de muitos processos de autoconhecimento. Diariamente na construção social do ser mulher somos desacreditadas e testadas, buscar as forças que desenvolvemos e ter certeza de quem somos é uma difícil tarefa.

O trabalho biográfico me fez perceber e identificar essas forças, mas principalmente a minha rede de apoio com outras mulheres, os círculos e o apoiar e ser apoiada em processos femininos, observar os meus e das mulheres que me cercam.

Sorrir as conquistas de outras que me desafiam a desenvolver em mim novas forças para ser esse apoio e reconhecer as forças que existem em mim consolidadas, a partir do olhar de outras mulheres é um processo de cura e de vivenciar o sagrado entre mulheres.

A força que tem um coletivo, um movimento é composta pelas forças das individualidades que o compõem.

Ao longo da vida fui costurando relações com outras mulheres afim de me fortalecer e de ser porto seguro, hoje percebo o quanto esse movimento me ampara e me impulsiona, por mais que a sociedade diga que existe rivalidade feminina, eu digo que essa é uma grande falácia criada para afastar e enfraquecer as mulheres, por que a nova maior força é estar juntas, umas pelas outras.

Quando estamos com as nossas somos mais capazes, mais fortes e mais inteiras, que todas as mulheres no mundo vivenciem a força do matriarcado.