OS PEQUENOS MILAGRES, Por Walkiria Tércia

Quando criança meu primeiro contato formal com religiões foi pela igreja católica, catecismo, missas, etc. Adorava ouvir sobre as histórias de Jesus e os milagres, depois na doutrina espírita também me dedicava a ler e pesquisar sobre milagres e nas demais experiências religiosas, espirituais me chamava atenção quando alguém falava sobre os milagres. E dentro de mim vivia uma vontade de presenciar milagres, mas sempre achava que eles eram grandiosos demais, o que, a meu ver, tornava-os quase impossíveis ou intocáveis.

Depois que conheci a Antroposofia, aprendendo sobre essa relação do Cosmo com a biografia humana, essa relação do macro e do micro, ampliou meu olhar para o cotidiano, os primeiros raios de sol, as diferentes tonalidades de cores da natureza, o perceber em mim movimentos a partir da respiração.

Me conectei aos pequenos milagres, que acontecem a todo tempo, no cotidiano, reparar uma flor nova no jardim, um ninho de pássaro no caminho da escola da criança, uma nuvem no céu com uma forma engraçada, um respirar profundo depois de um encontro de amor com alguém especial que não via há tempos. A conquista de algo muito esperado e desejado por longo tempo.

Mas o principal foi descobrir que o que caracteriza um milagre não é a sua magnitude, mas sim o quanto eu me permito ser preenchida pelo encantamento da vida que acontece diante dos meus olhos.

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