TEMPO DE PLANTAR, FLORESCER, COLHER E MORRER

Tenho pensado muito sobre os conceitos de escassez e abundância. No Líder de Si existe um conceito trazido por um "irmão" Rodrigo Ventre que fala que: abundância não é prosperidade, que você pode ter em abundância e não ser próspero, porque a prosperidade está na habilidade em lidar com a abundância e a escassez de forma que tudo posso continuar em equilíbrio.
Levando isso para meu conceito de igualdade, eu percebo que talvez não seja possível ser uma pessoa próspera se pensamos que alcançaremos isso somente através da abundância, faço essa observação através dos ciclos da própria natureza, ela é abundante, mas não em tudo o tempo todo, existe o tempo de plantar, florescer, colher.
Se almejarmos uma vida plenamente abundante, certamente nos faltará recursos em vários momentos da vida, fazendo surgir em cada um esse sentimento do medo da vida.

Colocar expectativas de que alguém só pode ser próspero se tiver abundância é um conceito raso para uma questão muito complexa, porque a necessidade muda no decorrer da vida e as vidas se passam em compassos distintos, conceitua o "muito”como se ter em excesso, quando na verdade o muito e o pouco também são conceitos mutáveis e individuais.
Esse sentimento de que a abundância absoluta deve ser uma realidade, nos faz lidar com uma frustração constante em nossas vidas, procuramos um amor abundante, reconhecimento abundante, dinheiro em abundância, paz todo o tempo, alegria constante, felicidade a todo o tempo. Esse lugar de suficiência plena, nos tiraria a liberdade de crescer e contestar nossas próprias escolhas e de ver a vida sob outros pontos de vista, de mudar nossa direção, de experimentar lugares nunca antes explorados. Na incompletude é que vive o ser humano, esse é o nosso lugar. Entender que o meu lugar não é na abundância ou na escassez e sim no equilíbrio constante dessas duas realidades da vida talvez me faça ver a prosperidade que já existe em mim.

Será? 

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