JUVENTUDE, Por Erica Moscatelli

O que cabe a uma criança ou adolescente decidir e escolher?
Com o que ele (a) pode se responsabilizar?
Trago mais perguntas do que respostas e convido você a refletir comigo.
Cena 1: uma mãe me conta sobre o pedido que seu filho fez para mudar de escola, porque ele acha que precisa aprender coisas diferentes. A mãe se orgulhou da ‘maturidade e iniciativa’ da criança portanto, acata o pedido. Essa criança tem 6 anos.
Cena 2: mãe sobrecarregada prefere evitar certos conflitos – todas as refeições na mesa, roupa lavada no armário, ainda corta suas unhas pois ele não sabe mexer com objetos cortantes. Ela também prefere que ele não cozinhe, pois teme que ele possa se queimar no fogão. Essa criança tem 12 anos.
Cena 3: um adolescente / jovem em seu primeiro emprego tem dúvidas, perguntas e desconfortos, ainda não sabe bem como resolver seus problemas. Pede a ajuda da mãe e esta se coloca à disposição do filho para ajuda-lo a resolver seus problemas. Esse jovem tem 19 anos.
Decidir pelo que ainda não tem condições para decidir.
Paralisadas diante do que já são capazes de realizar.
A cada fase de desenvolvimento, avançamos em nossas habilidades para pensar, sentir e agir. Acelerar ou retardar esse caminho gera prejuízos ao desenvolvimento.
Estamos confundindo e atrapalhando o desenvolvimento das nossas crianças e adolescentes ao permitir que elas tomem decisões que ainda não são capazes de tomar e impedindo o avanço de sua autonomia quando fazemos por elas coisas que elas já são capazes de fazer.
Conhecer as fases da vida, seus arquétipos, características e necessidades podem nos ajudar a educar para a autonomia e liberdade.
"A nossa mais elevada tarefa deve ser a de formar seres humanos livres que sejam capazes de, por si mesmos, encontrar propósito e direção para suas vidas."
Rudolf Steiner

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